E chegou no caminho a uns currais de ovelhas, onde havia uma caverna; e Saul entrou nela para aliviar o ventre. Ora Davi e os seus homens estavam sentados na parte interior da caverna.
Então os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia do qual o Senhor te disse: Eis que entrego o teu inimigo nas tuas mãos; far-lhe-ás como parecer bem aos teus olhos. Então Davi se levantou, e de mansinho cortou a orla do manto de Saul.
E disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, que eu estenda a minha mão contra ele, pois é o ungido do Senhor.
Com estas palavras, Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul; retirando-se Saul da caverna, prosseguiu o seu caminho.
Depois também Davi se levantou e, saindo da caverna, gritou por detrás de Saul, dizendo: Ó rei, meu senhor! Quando Saul olhou para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra e lhe fez reverência.
Eis que os teus olhos acabam de ver que o Senhor hoje te pôs em minhas mãos nesta caverna; e alguns disseram que eu te matasse, porém a minha mão te poupou; pois eu disse: Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, porque é o ungido do Senhor.
Olha, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão, pois cortando-te eu a orla do manto, não te matei. Considera e vê que não há na minha mão nem mal nem transgressão alguma, e que não pequei contra ti, ainda que tu andes à caça da minha vida para ma tirares.